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O relatório de síntese “Cidades Verdes-Azuis Resilientes”, de coautoria do IIS, reúne os conhecimentos científico e tecnológico mais atualizados sobre os principais desafios e soluções para adaptação urbana frente à emergência climática.

O Brasil apresenta elevada concentração populacional em áreas urbanas: 87% da população em apenas 0,44% do território e boa parte delas em regiões costeiras vulneráveis ao aumento do nível do mar.  A ocupação horizontal e a impermeabilização do solo comprometem o ciclo hidrológico e intensificam os riscos de enchentes, deslizamentos e ilhas de calor. Esse cenário agrava a exposição das populações aos fenômenos climáticos, principalmente aquelas com maior vulnerabilidade social

Nesse sentido, o relatório aponta que a resiliência climática das cidades brasileiras depende de processos de adaptação capazes de enfrentar diretamente tanto problemas ambientais quanto desigualdades socioeconômicas.

Os autores enfatizam o papel das soluções baseadas na natureza (SbN) nessa adaptação urbana. A integração estratégica de áreas naturais “verdes e azuis” – como florestas urbanas, manguezais e corpos hídricos – contribui para reduzir riscos climáticos, melhorar a qualidade do ar, regular a temperatura e garantir o abastecimento de água.

O documento faz parte de uma série de quatro relatórios lançados pelo Centro de Síntese em Mudanças Ambientais e Climáticas (SIMAClim) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).