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18.12.13

IIS organiza oficina sobre boas práticas agropecuárias em Alta Floresta

Entender os fatores que influenciam as tomadas de decisões por produtores pecuaristas é essencial para a promoção e aplicação das boas práticas agropecuárias. Por isso foi realizada a Oficina Técnica sobre Boas Práticas Agropecuárias (BPAs) na Região de Alta Floresta (MT), uma parceria entre o Instituto Internacional para Sustentabilidade e o Instituto Centro de Vida.

O evento teve como objetivo entender as dificuldades com manejo das fazendas que levam os pecuaristas a manter as velhas práticas, como o desmatamento da floresta e a degradação do solo. Segundo a diretora de pesquisas do IIS, Agnieszka Latawiec, para um projeto de implantação das BPAs ter sucesso a longo prazo, é preciso compreender o “business as usual” – ou o gerenciamento da fazenda no passado – para poder explicar a importância das boas práticas e a diferença que fazem nos resultados da produção.

“Se você não entender o que e basicamente por que eles estavam fazendo, o seu projeto pode ter sucesso por dois ou três anos, o tempo no qual estivermos supervisionando e dando assistência. Mas depois que o projeto acabar, os fazendeiros podem voltar às práticas anteriores”, declara a especialista.

Outro diferencial da oficina destacado por Latawiec foi o bom fluxo na conversa dos especialistas do IIS e do ICV com os fazendeiros presentes. “Esse foi um dos melhores grupos de foco que eu já organizei, a dinâmica foi muito boa”, observa a especialista. Isso foi favorecido também por conta da boa relação que os produtores de Alta Floresta têm com o ICV, parceiro do IIS, e que já realiza um projeto de implantação das BPAs na região.

Entre os temas discutidos, os pecuaristas falaram sobre as principais dificuldades para se implantar ou intensificar o uso de boas práticas em suas fazendas, quais são os riscos da transição para uma gestão agrícola melhor e a intensificação das BPAs deveria ser uma questão de política de incentivos que estimule a transição para uma gestão melhor.

As respostas dos fazendeiros serão publicadas em um relatório sobre o projeto em Alta Floresta, que será lançado pelo IIS ainda no início de 2014. O trabalho em Alta Floresta faz parte do projeto Moore – Deforestation-free cattle ranching in Mato Grosso, financiado pela Moore Foundation.

Cinco casos de sucesso: A Pecuária Integrada de Baixo Carbono em Alta Floresta

Além da conversa com Agnieszka Latawiec, do IIS, a oficina também contou com a apresentação dos resultados do projeto Pecuária Integrada de Baixo Carbono. O trabalho, implementado pelo ICV, promove ações sustentáveis na cadeia de produção de carne, desde a pastagem do gado e a promoção do bem estar animal até de corte até o frigorífico.

O objetivo é diminuir os impactos aos recursos naturais e a produção de gases do efeito estufa pelos animais, bem como garantir a qualidade do produto que chega ao consumidor final.

O projeto do ICV começou a partir da orientação de técnicos em pecuária em cinco grandes fazendas de gado de corte. Os exemplos demonstram como a adoção das boas práticas permite a recuperação das pastagens e o aumentou a capacidade de criação de gado em espaços menores.

Para assistir o vídeo do ICV com os resultados do projeto em Alta Floresta, clique aqui.