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Science: Definição de metas ambiciosas para a biodiversidade e sustentabilidade

A política global de biodiversidade está em uma encruzilhada. Recentes avaliações globais da natureza e do clima mostram tendências de piora e uma janela de ação que se estreita rapidamente. A Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) anunciou recentemente que, das 20 metas de Aichi estabelecidas em 2010, apenas seis foram parcialmente alcançadas.

Diante desse cenário, as nações estão negociando a próxima geração de metas globais da CDB, a serem adotadas em 2021, e que enquadrarão as ações dos governos e outros atores nas próximas décadas. Em resposta às metas propostas no esboço do Quadro de Biodiversidade Global (GBF) pós-2020, foi solicitado aos negociadores que levantassem os três pontos que críticos, uma vez que os objetivos acordados são estabilizar ou reverter o declínio da natureza. Em primeiro lugar, o estabelecimento de múltiplos objetivos são necessários, em função da complexidade da natureza, que apresenta diferentes perspectivas – genes, populações, espécies, história evolutiva profunda, ecossistemas e suas contribuições para as pessoas – tendo diferentes distribuições geográficas assim como diferentes respostas aos direcionamentos humanos. Em segundo lugar, as interligações entre essas facetas significam que as metas devem ser definidas e desenvolvidas de forma holística, ao invés de isoladas, com potencial para avançar em várias metas simultaneamente e minimizar os trade-offs entre elas. Terceiro, apenas o mais alto nível de ambição ao definir cada meta e implementar todas as metas de maneira integrada dará uma chance realista de parar – e começar a reverter – a perda de biodiversidade até 2050.

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