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Problemas com dados de ocorrência de espécies e seu impacto nas avaliações de risco de extinção

O status de risco de extinção de espécies é fundamental para apoiar as ações de conservação. No entanto, as avaliações completas publicadas na Lista Vermelha são lentas e consomem muitos recursos. Para lidar com avaliações para grupos megadiversos, ganhos podem ser obtidos por meio de avaliações preliminares que podem ajudar a priorizar os esforços para avaliações completas.

Neste artigo, é quantificado como o agrupamento incompleto de dados e erros nas dimensões taxonômicas, espaciais e temporais dos dados de ocorrência de espécies se traduzem em classificações errôneas de risco de extinção. Usando um conjunto de dados de mais de 30 milhões de registros de plantas terrestres que ocorrem no Brasil compilados a partir de nove bancos de dados, foram realizadas avaliações preliminares de risco para cerca de 94% das 6.046 espécies avaliadas pela autoridade da Lista Vermelha Brasileira.

Os resultados demonstraram que as avaliações preliminares de risco das espécies têm alta precisão na identificação de espécies não ameaçadas, mesmo quando a coleta de dados é baixa e realizada na presença de problemas nos dados de ocorrência de espécies, destacando que tal abordagem pode ser usada para priorizar espécies de forma eficiente para avaliações completas da Lista Vermelha. Além disso, é necessário cautela antes de declarar uma espécie como ameaçada sem considerar a intensidade e a qualidade da coleta de dados.

Uma representação esquemática dos métodos usados para avaliar o impacto da compilação incompleta de dados e problemas nos registros de ocorrência de espécies em avaliações de risco de extinção. Fonte: Ribeiro et. al. 2022.

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