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No Caminho da Mata Atlântica: restaurando paisagens e fortalecendo cadeias produtivas locais no Mosaico Central Fluminense (CMA-MCF)

Mudas para recuperação da vegetação nativa

Por seu histórico de degradação, grande diversidade biológica e alto grau de endemismo, a Mata Atlântica é considerada prioridade global para restauração de ecossistemas. No Estado do Rio de Janeiro, a Região do Mosaico Central Fluminense (MCF) é de enorme relevância para a conservação do bioma, por abrigar áreas protegidas e grande parcela da população fluminense, de modo que ações de restauração na região possuem alto potencial de geração de benefícios ambientais e socioeconômicos.

O projeto “No Caminho da Mata Atlântica: restaurando paisagens e fortalecendo cadeias produtivas locais no Mosaico Central Fluminense” tem como objetivo promover a recuperação da vegetação nativa e o fortalecimento da cadeia produtiva florestal e do turismo sustentável, conectando Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) e atores locais para ampliar, enriquecer e conservar a biodiversidade dos remanescentes florestais na região do MCF.

Com foco no corredor extremo norte da Serra do Mar, o projeto irá implementar ações de recuperação em áreas prioritárias para aumentar a conectividade funcional entre o Mosaico Central Fluminense (MCF) e o Parque Estadual do Desengano, ao longo do Caminho da Mata Atlântica (CMA). O CMA é uma trilha de 4.270 km que percorre toda a Serra do Mar e parte da Serra Geral, entre o Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul, com o intuito de promover contato com a natureza, gerar renda para comunidades locais, conectando pessoas, florestas e áreas protegidas.

Utilizando planejamento espacial, técnicas de restauração apropriadas (aproveitando o potencial de regeneração natural e aumentando a custo-efetividade das ações), promovendo capacitação de proprietários rurais sobre formas de geração de renda a partir da restauração e da conservação, estimulando o turismo sustentável, a ciência cidadã e o registro de fauna, o projeto pretende:

  • Restaurar 250 hectares de Mata Atlântica para aumentar a conectividade funcional entre remanescentes florestais no corredor extremo norte da Serra do Mar;
  • Mobilizar e capacitar de atores locais em atividades associadas à recuperação da vegetação nativa, fomentando e fortalecendo as cadeias produtivas de sementes e mudas florestais, ecoturismo e turismo rural;
  • Monitorar áreas com ações de restauração e seus entornos por meio de registro de fauna e ferramentas de Ciência Cidadã, contemplando benefícios ecossistêmicos e sociais da restauração e subsidiando Pesquisa e Desenvolvimento (P & D).

Ao longo de dois anos, os parceiros do projeto – Caminho da Mata Atlântica (CMA), Laboratório de Vertebrados do Instituto de Biologia da UFRJ (LabVert), Fiocruz, Agroicone, Embrapa Agrobiologia e Reserva Ecológica de Guapiaçu (REGUA) – contribuirão com o IIS para alcançar os objetivos propostos.

O Caminho da Mata Atlântica, iniciativa voluntária de muitos parceiros, contribuirá na parte de monitoramento de fauna, mapeamento da cadeia produtiva do turismo, elaboração de roteiros turísticos e contatos com UCs locais.

Laboratório de Vertebrados do Instituto de Biologia da UFRJ (LabVert), será responsável pela coordenação do Objetivo Específico relacionado ao monitoramento das áreas com ações de restauração.

A Fiocruz será parceira do projeto nas ações de monitoramento participativo da biodiversidade, usando o Sistema de Informação em Saúde Silvestre – SISS-Geo. Essa plataforma armazena e disponibiliza todas as informações sobre registros de ocorrência de animais silvestres fornecidos por parceiros e voluntários. Além de permitir o monitoramento de eventuais riscos à saúde, a plataforma permite uma avaliação do estado de conservação da fauna ao longo do Caminho da Mata Atlântica.

A Agroicone será parceira nas atividades de capacitação e mobilização e contribuirá com a produção de materiais e organização das atividades de capacitação, além de compartilhar das experiências e materiais produzidos pela Agroicone e instituições parceira no âmbito do projeto SiAMA (Sistemas Agroflorestais na Mata Atlântica).

Embrapa Agrobiologia, por meio de dois pesquisadores do seu corpo técnico, irá contribuir na capacitação do público alvo nas temáticas relacionadas à produção de sementes e mudas de espécies florestais, legislação e recuperação de áreas degradadas. Também poderá auxiliar no planejamento da implantação e manutenção dos projetos de recuperação das áreas degradadas e na orientação aos viveiristas na produção de mudas de qualidade.

Reserva Ecológica de Guapiaçu (REGUA) contribuirá para os objetivos do projeto relacionados às atividades de reflorestamento e monitoramento, além de disponibilizar espaço para os encontros periódicos.

Com verba de 2,8 milhões de reais, esta iniciativa está sendo desenvolvida com apoio do Projeto Biodiversidade e Mudanças Climáticas na Mata Atlântica, um projeto do governo brasileiro, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), no contexto da Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável, no âmbito da Iniciativa Internacional de Proteção ao Clima (IKI) do Ministério do Meio Ambiente, Proteção da Natureza, Construção e Segurança Nuclear da Alemanha (BMUB), com apoio financeiro através do KfW Entwicklungsbank (Banco Alemão de Desenvolvimento), por intermédio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade – FUNBIO.

Parceiros do projeto No Caminho da Mata Atlântica

Colaboradores Relacionados (8)

Parceiros Relacionados (11)

Agroicone Banco Alemão de Desenvolvimento Caminho da Mata Atlântica (CMA) Embrapa Agrobiologia Federal Ministry for the Environment, Nature Conservation and Nuclear Safety of Federal Republic of Germany Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Fundo Brasileiro para Biodiversidade (FUNBIO) Laboratório de Vertebrados do Instituto de Biologia da UFRJ (LabVert) Ministério do Meio Ambiente - Governo Federal (MMA) Projeto Biodiversidade e Mudanças Climáticas na Mata Atlântica Reserva Ecológica de Guapiaçu (REGUA)