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Relatório Final sobre as áreas prioritárias na Caatinga, Pampa e Pantanal

Buscando embasar políticas públicas e incentivar ações de recuperação ecológica para promover uma gestão integrada da paisagem, o IIS identificou áreas prioritárias para a recuperação da vegetação nativa na Caatinga, Pampa e Pantanal (representado pela porção brasileira da Bacia do Alto Paraguai), por meio de uma abordagem de planejamento espacial sistemático que utiliza a priorização espacial multicritério. Essa abordagem permitiu simular e comparar diferentes cenários, quantificar custos e benefícios relacionados a diferentes objetivos, identificar relações de perdas e ganhos e de sinergias entre cenários e identificar soluções mais custo-efetivas, dependendo do contexto local. Os cenários de recuperação básicos elaborados consistem na:

  1. maximização da conservação da biodiversidade;
  2. maximização da mitigação das mudanças do clima;
  3. maximização da conservação dos recursos hídricos;
  4. maximização do retorno socioeconômico;
  5. minimização dos custos de oportunidade e de implementação e
  6. otimização simultânea de todos esses critérios (solução custo-efetiva).

Além desses, a elaboração de novos cenários de recuperação que incluíssem novos critérios e diferentes combinações entre os cenários apresentados foi sugerida pelos especialistas consultados de cada região biogeográfica durante as oficinas realizadas. Assim, garantiu-se que as particularidades e demandas regionais fossem representadas neste estudo.

Os resultados encontrados indicam que a recuperação da vegetação nativa em áreas prioritárias permitiria, na Caatinga, o estoque de até 74 Mton de carbono; a redução total do risco de extinção de até 79 das 660 espécies avaliadas; o aumento do potencial de recarga de águas subterrâneas em até 1,6 vezes*; o aumento do potencial de geração de emprego e renda em até 5,3 vezes* e a redução dos custos totais da recuperação em até 34%.

No Pampa, recuperação da vegetação nativa em áreas prioritárias resultaria no estoque de até 67 Mton de carbono; na redução total do risco de extinção de até 83 das 603 espécies avaliadas; no aumento do potencial de recarga de águas subterrâneas em até 1,6 vezes*; no aumento do potencial de geração de emprego e renda em até 7 vezes* e na redução dos custos totais da recuperação em até 54%.

Já na Bacia do Alto Paraguai, seria possível estocar até 229 Mton de carbono; reduzir o total do risco de extinção de até 28 das 91 espécies avaliadas; aumentar o potencial de recarga de águas subterrâneas em até 1,2 vezes*; aumentar o potencial de geração de emprego e renda em até 2,4 vezes* e reduzir os custos totais da recuperação em até 47%.

Dessa forma, entende-se que a priorização espacial da recuperação da vegetação nativa oferece subsídios para a tomada de decisão de maneira a economizar recursos financeiros e, simultaneamente, mitigar as mudanças do clima, proteger espécies ameaçadas de extinção e/ou endêmicas, contribuir para a conservação dos recursos hídricos e beneficiar pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Clique no botão, preencha o formulário e baixe o relatório completo do mapeamento realizado.

 

*valores comparados ao cenário controle.

Este produto foi desenvolvido no âmbito do Projeto Estratégias de Conservação, Restauração e Manejo para a Biodiversidade da Caatinga, Pampa e Pantanal – Projeto GEF Terrestre, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), financiado com recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), tendo o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como agência implementadora e o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO) como agência executora.

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Fundo Brasileiro para Biodiversidade (FUNBIO) Fundo Global para o Ambiente Ministério do Meio Ambiente - Governo Federal (MMA)